terça-feira, 31 de agosto de 2010

Espiritualidade - Como Alimentar e Cultivar a Espiritualidade (Parte 3)

O vento, quando sopra, leva pelos ares muitas sementes. É assim que começa a primavera, mas é preciso que as sementes caiam em bom terreno.

Com a espiritualidade acontece a mesma coisa: o vento de Deus sopra e traz até nós todas as sementes: perdão, graças, alegria, fortaleza, crescimento interior, talentos, etc.

Cabe a nós cultivar as sementes da espiritualidade rea-prendendo a rezar; descobrindo o valor dos sacramentos e lendo a Palavra de Deus.



Re-aprendendo a rezar



Fr. Inácio Larrañaga, em seu livro “Mostra-me o teu rosto”, diz que “quanto mais se ora, mais se quer orar ;quanto menos se reza, menos vontade se tem de rezar ; quanto mais se reza, Deus é ‘mais’ Deus em nós; quanto menos se reza, Deus é ‘menos’ em nós.”

Na oração vencemos as dúvidas. Não as resolvemos. Ao contrário, as aproveitamos para fazer delas um ato de confiança e de fé nas palavras e nos desígnios do Senhor.

Re-aprender a rezar é sentir a chave de nossa oração: é ter a certeza de que Deus nos ama (cf. Sl.139).

Desde os primeiros anos de nossa vida aprendemos a rezar. Quando descuidamos do exercício da oração, reaparece a nossa incapacidade de caminhar na busca de Deus. E na busca das coisas de Deus. Abandonamos a oração, a participação na missa e os sacramentos da Eucaristia e da Reconciliação porque aprendemos, talvez em nossa catequese ou com nossos pais, que a oração é uma “obrigação” do cristão. Quando cansados dessa obrigação, afastamo-nos dela.

Rezar é entrar em relação com Deus. Numa relação as pessoas se encontram na sua intimidade: colocam-se diante do outro como são, com a sua verdade (inseguranças, conflitos, desejos, alegrias e tristezas…)

Assim também acontece em nosso encontro com Deus. Trata-se de uma relação dinâmica, em que vou ao encontro do outro (Deus) com aquilo que tenho e sou; e o Outro vem também ao meu encontro desde a sua Verdade. Dá-se então uma relação profunda e ambos s entregam mutuamente, numa amizade crescente e infinita.

Muitas vezes vamos ao encontro com Deus cheios de problemas e dificuldades que podem interferir na nossa oração. Que fazer então ? Sem rejeitar tudo isso que estou vivendo, vou me colocar numa atitude de partilha e escuta, confiando que Deus está aí e caminha ao meu lado.

Ao trazer as dúvidas para a oração , devo colocá-las, com toda sinceridade, diante do Altíssimo,

como um doente depõe suas enfermidades diante do médico,

como o réu revela seu crime diante do juiz,

como o filho expõe sua esperança diante do pai.



Não exigimos explicações e justificações daquele que sabe tudo, tudo entende e permite. Esperamos dele aumento de fé e a graça necessária para continuarmos dóceis instrumentos na construção do Reino de Deus, mesmo quando o preço exigido é alto e o plano, escuro. Jesus não aceita menos do que isso de seus discípulos.

Podemos então dizer que estamos entrando num caminho de espiritualidade: confronto com o projeto de vida de Deus e desejo crescente de sintonia com esse Deus da vida, que nos interpela. Cria-se uma relação exigente de transformação que, ao mesmo tempo, vai dando sentido, satisfação e alegria a nossa vida.

A espiritualidade deve perpassar toda a vida, não se resume somente a momentos de oração. No entanto, esses momentos são fundamentais para manter viva a espiritualidade no nosso dia-a-dia, evitando que ela caia no vazio.

                                                                                                                                 Pe. Eduardo Lima


quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Espiritualidade - Motivação Para Aprofundar o Tema (Parte 2)

Olá, galera!!
Peço desculpas pelo atraso.
Segue aqui a segunda parte do trabalho sobre Espiritualidade.
Como já foi dito, teremos a honra de ter semanalmente um post do nosso amigo Pe. Eduardo, e tentarei não atrasar mais ^^
hehe


MOTIVAÇÃO PARA APROFUNDAR O TEMA



Ouvimos dizer quase que diariamente as palavras espiritualidade – Espírito.
Mas se nos perguntam o que é espiritualidade - é o suficiente para ficarmos embaraçados.
Imaginem-se em um deserto. Agora imagem que este deserto é você. Pelo que o deserto mais anseia ? Pela água, não é ? Também nosso maior anseio é pela água que Deus nos oferece, essa fonte inesgotável que nos sacia. Temos necessidade de alimento espiritual, assim como o corpo necessita de alimento, assim como a terra, que sem a luz do sol torna-se improdutiva.
Ouvimos sempre :
§        Ele tem muita espiritualidade
§        Essa gente não reza, não tem espiritualidade
§        Precisamos reservar tempo para cultivar a espiritualidade
§        Vou fazer um retiro pois só assim posso achar um tempo para a espiritualidade nessa vida corrida que levamos.

Normalmente ligamos espiritualidade a oração, sacramentos, silêncio, retiro, meditação, etc.
A espiritualidade, porém, tem a ver com o SENTIDO que as pessoas descobrem na vida, nos fatos, nas coisas com que lidamos. É descobrir “ o espírito da coisa”, no nosso dia-a-dia. E pegar o “espírito da coisa” depende do modo que cada um vê e dá significado aos fatos do dia-a-dia.
Espiritualidade é justamente o nosso modo de perceber “o Espírito “ do que acontece à nossa volta. Espírito é algo que não se vê, mas que faz com que as pessoas e as coisas sejam o que são. Terem importância e significado.
Exemplo prático: Olhem um copo com água até a metade. Uns dirão que está meio cheio, outros que está meio vazio. Ambos estão certos, mas os primeiros tiveram a capacidade de valorizar o que havia em vez de lamentar o que faltava. O mesmo podemos dizer do sol que está entrando na capela, para uns está atrapalhando, esquentando, para outros é sinal de vida, do amor de Deus.

Pe. Eduardo Lima


Até semana que vem com a terceira parte do tema Espiritualidade.
Fiquem com Deus!! 

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

SANTA ROSA DE LIMA, PADROEIRA DA AMÉRICA LATINA

Cidade do Vaticano, 23 ago (RV) - Isabel Flores y de Oliva nasceu em Lima em 1586. Seus pais eram espanhóis que se mudaram para o Peru.O nome Rosa foi o apelido dado pela empregada da família, a índia Mariana, maravilhada pela extraordinária beleza da menina. Ela exclamou: “Você é bonita como uma rosa!”
Sua crisma foi ministrada por São Turíbio de Mongrovejo.
Levada à miséria com sua família, ainda na adolescência, ganhou a vida com o duro trabalho da lavoura e da costura, até altas horas da noite. Exatamente nessa situação de grande pobreza, apareceu-lhe a oportunidade de se tornar muito rica através de um casamento, mas Rosa o rejeitou por fidelidade a Jesus Cristo.
No jardim de sua casa, edificou um eremitério, uma pequena cela no fundo do quintal. A cama era um saco de estopa. Aos vinte anos entrou para a Ordem Terceira de São Domingos e fez os votos religiosos e passou a se chamar Rosa de Santa Maria. Foi modelo de vida penitente e de oração contínua na simplicidade da vida laical.
“Se não fosse mulher dedicar-me-ia inteiramente à salvação dos índios.”
Particularmente devota de Nossa Senhora, pediu a ela, de modo especial, pelo crescimento da Igreja, especialmente entre os índios americanos. Frequentemente visitava os enfermos e os pobres.
Sua vida foi rica em provações dolorosas, contudo Rosa jamais perdeu a serenidade, imitando Cristo pobre e crucificado. Quando doente, disse: “Se os homens soubessem o que é viver em graça, não se assustariam com nenhum sofrimento e padeceriam de bom grado qualquer pena porque a graça é o fruto da paciência.”
Como não conseguia explicar seus sentimentos, acrescentava: “Posso explicar só com o silêncio. O prazer e a felicidade que o mundo pode me oferecer são simplesmente uma sombra em comparação ao que sinto.” Ao mesmo tempo admitia: “Eu não acreditava que uma criatura pudesse ser acometida de tão grandes sofrimentos. Meu Deus, podes aumentar os sofrimentos, contando que aumentes meu amor por ti.”
Teve o conhecimento do dia em que morreria, por isso, a cada 24 de agosto, passava-o em oração e dizia: “ Este é o dia das minhas núpcias eternas.” Morreu em um deles, o do ano 1617, com 31 anos.
Canonizada em 1671, foi a primeira santa das Américas. É padroeira do Peru, de toda América Latina e das Ilhas Filipinas. (CA)


Fonte: http://www.oecumene.radiovaticana.org/bra/Articolo.asp?c=417273

domingo, 22 de agosto de 2010

Eleições 2010: Debate na Canção Nova e Tv Aparecida



Os candidatos a Presidência da República, Marina Silva (PV), José Serra (PSDB) e Plínio de Arruda Sampaio (PSOL), já confirmaram presença no debate do dia 23 de agosto promovido pelas emissoras católicas TV Aparecida e Rede Canção Nova de Comunicação. Além destes, o convite também foi feito para a candidata Dilma Roussef (PT), porém a petista ainda não confirmou presença.

Ela declarou, que por questões de agenda, participará apenas dos debates agendados pelas Redes Bandeirantes, Globo, Record e Rede TV. O local do debate será no auditório da Faculdade Santa Marcelina, em São Paulo. Este será o primeiro debate, entre presidenciáveis, promovido por emissoras católicas.

 
As duas emissoras instaladas no Vale do Paraíba, juntas abrangem mais de 100 milhões de espectadores. O debate terá quatro blocos, com duração de duas horas. Os candidatos responderão perguntas de um mediador, de jornalistas da TV Aparecida, Rede Canção Nova e de membros de pastorais católicas.


Não haverá perguntas entre os candidatos. Eles não serão poupados de questões polêmicas, como o aborto, o uso de contraceptivos, a união homossexual, a manutenção de símbolos religiosos em repartições públicas e a utilização de células-tronco embrionárias para pesquisas científicas e tratamento.


No primeiro bloco o mediador fará as perguntas sobre saúde, educação, habitação e emprego. No segundo bloco três jornalistas perguntam aos candidatos. Por sorteio, um candidato responde e outro comenta, com direito a réplica e tréplica. No terceiro bloco membros das pastorais católicas perguntam a um candidato, outro comenta com direito a réplica e tréplica.


No quarto bloco cada candidato responde a uma pergunta, feita pelo mediador, sobre um determinado problema do país. Em seguida os candidatos fazem suas considerações finais. O objetivo do debate, segundo os organizadores, é conscientizar o público cristão.




Fonte: Jornal de Itupeva
http://blog.cancaonova.com/padrejoaozinho/2010/08/11/eleicoes-2010-debate-na-cancao-nova-e-tv-aparecida/


sábado, 21 de agosto de 2010

Encontro Setorial de Jovens e Missa de Acolhida aos Calouros

É amanhã, pessoal!!
Só lembrando a todos do nosso Encontro Setorial de Jovens, que acontecerá amanhã, domingo, lá em Pereira Barreto.
O ônibus sairá 6:30 da manhã, de frente a Igreja.
Será um encontro bem legal, com café da manhã, lanche, almoço; pregações dos nossos amigos Pe. Eduardo Lima, e Renan Maciel; teremos também dinâmicas onde todos os jovens do setor terão a oportunidade de se enturmar, e por fim, o encerramento com a missa, celebrada pelo Pe. Eduardo.
Qualquer dúvida, escreva em forma de comentário nesse post mesmo.



E lembrando também, às 19:30 horas aqui em Ilha, teremos a missa de acolhida aos calouros, com um "Mini-GOU" logo após.

Contamos com a presença de todos ;)
Fiquem com Deus!!

Oração da Manhã

Que tal começar o dia já cheios de ânimo, de paz, com muito amor, muita alegria e muito bom-humor??
Essa é uma oração que pode nos ajudar com isso!!


Oração da Manhã

Senhor, no início deste dia, venho te pedir saúde, força, paz e sabedoria.
Quero olhar hoje o mundo com olhos cheios de amor, ser paciente, compreensivo, manso e prudente; ver, além das aparências, teus filhos como Tu mesmo os vês, e assim não ver senão o bem em cada um.
Cerra meus ouvidos a toda calúnia. Guarda minha língua de toda maldade.
Que só de bençãos se encha meu espírito. Que eu seja bondoso e alegre, que todos quantos se achegarem a mim, sintam a Tua Divina presença.
Senhor, reveste-me de tua bondade , e que no decorrer deste dia, eu possa seguir teus passos, e te revele a todos.
Amém

Fiquem com Deus!!

São Bernardo - Abade e Doutor da Igreja

Olá, galera!!
Ontem, dia 20 de agosto, foi dia de São Bernardo. Segue aqui um pouco da história dele.


São Bernardo
Abade e Doutor da Igreja
 
    São Bernardo, descendente de família da alta nobreza, nasceu em 1091 no castelo Fontaines, perto da cidade de Dijon, na Borgonha.  O nome do pai era Tezelin e  da  mãe Aleth (Alice, Isabel), era da casa dos Montbar. Entre sete irmãos, era ele o terceiro, o mais querido da mãe que, devido a um sonho misterioso, o consagrou a Deus de  um modo particular, e com esmerado cuidado o enveredou para uma vida cristã toda exemplar.  Dos cônegos de  Chatillon recebeu seu preparo lingüístico e dialético.  Tinha dezenove anos, quando perdeu a mãe.
    De formosura singular, inteligente e  de modos cativantes, o mundo estendeu seus tentáculos, para prendê-lo nas suas malhas.  Instintivamente Bernardo recuou. Seu amor era mais nobre, mais sublime.  Dizem seus biógrafos que, esperando ele pelo começo da missa da meia-noite, na véspera do Natal, apareceu-lhe o Menino Jesus, envolto num encanto e beleza celestiais, visão esta que o fez renunciar por completo ao amor mundano.  Diferente dos seus irmãos que seguiram a carreira militar,  Bernardo tratou de abandonar o mundo e obter admissão na Ordem de Citeaux, havia pouco antes fundada.  Em 1112 entraram ele e mais 30 companheiros, entre estes  um tio, e mais quatro amigos, além de muitos outros  jovens das  suas relações. Tão forte era a influência que exercia sobre o espírito dos seus amigos mais chegados,  que as mães e esposas procuravam dele afastar os filhos e maridos, com receio de lhes serem arrebatados.
        Na Ordem,  sobremodo austera era Bernardo o protótipo de renúncia e persistência.  Embora de compleição fraca, se entregou aos rudes  trabalhos no campo.  Dia e noite  seu espírito se achava em oração ou meditação dos  livros sagrados.  Eram eles  a  fonte de seu saber teológico e  da sua eloqüência arrebatadora, que mais  tarde havia de incendiar o coração dos seus ouvintes.  Do seu excessivo rigor em observar as  regras da Ordem, proveio-lhe uma fraqueza permanente do estômago, que bastante lhe incomodou durante toda a vida. No entanto, não admitia exceção em seu favor  da  regra monástica. Sempre e  sempre se animava com a advertência:  “Bernardo, para que vieste ao mundo?”  e com a meditação da  Sagrada Paixão de Nosso  Senhor.  Ele  mesmo afirma, que no dia da  sua “conversão”, engenhou um ramalhete das amarguras de Nosso Senhor e trouxe-o sempre  preso ao coração.  Por isso, a arte cristã o apresenta com uma cruz, uma lança e uma coroa de espinhos na mão, apertando-as carinhosamente contra o peito.
     Três Anos de profissão tinha Bernardo, quando foi nomeado abade na nova fundação de Clairvaux.  O lugar inóspito, o terreno, o clima úmido e frio, exigiu árduos sacrifícios dos monges que, como pioneiros, foram destacados para aquele deserto, esconderijo de ladrões, bandidos e salteadores. Mais de uma vez  foi ventilado o plano de abandonar aquela  estação e o jovem abade não se sentia com coragem de  dirigir palavras de  edificação e animação aos seus religiosos.  Ele mesmo chegou a tal ponto de esgotamento, que se viu forçado a passar algum tempo fora do convento e  tratar de sua saúde, seriamente abalada.  As coisas, entretanto, mudaram. O trabalho dos monges produziu frutos inesperados, e Bernardo,  testemunha que  foi da dedicação, do heroísmo e do sofrimento de seus confrades, se convenceu da necessidade de  mudar de sistema:  Em vez de governar com todo o rigor de superior principiante e inexperiente;  de se deixar levar nos ímpetos de gênio fogoso, condoer-se das fraquezas de  seus discípulos e tratá-los com mais paciência e caridade.
     Assim,  podemos acreditar no que os biógrafos do Santo afirmaram, que 700 monges se sentiam bem  sob o regime de seu abade, e com confiança, alegria e contentamento, seguiam as suas ordens.  Bernardo teve a satisfação de  dar o santo hábito a seu velho pai e ao irmão mais novo.  Sua irmã única, também disse adeus ao mundo e terminou seus  dias no convento.  Coincide  com esta fase da sua vida a manifestação do dom de milagres de São Bernardo, fruto, sem dúvida, de muito sofrimento e da continuada mortificação praticada em meio ao silêncio, oração e  solidão.
     A São Bernardo a  Ordem de Cister deve, não só a conservação no espírito primitivo monástico, como também a sua propagação e estabelecimento em inúmeros países do mundo.  Tal intensivo movimento religioso não deixou de influenciar também outras Ordens, mais  antigas sim,  porém necessitadas de uma renovação da disciplina interna.  Amizade sincera se estabeleceu entre Bernardo e  Pedro, o venerável abade do mosteiro beneditino de Cluny,  que no fim da sua vida manifestou o desejo de se transferir para Clarvaux e lá terminar seus dias.
       Era o tempo das Cruzadas, época da criação das Ordens Militares. Para algumas delas, Bernardo recebeu ordem de lhes elaborar uma regra.
       Inegável foi sua  influência sobre o espírito religioso, quer nos conventos, quer na sociedade. Considerado o primeiro entre os mestres místicos do seu tempo,  seus escritos  eram procurados de preferência;  seus discursos, apreciadíssimos pela  clareza na exposição da respectiva matéria, pelo ardor  que sabia dar à sua palavra,  e pela força comunicativa do amor de Deus que abrasava o coração.  Da sua autoria  são os comentários do Livro dos Cânticos e do Salmo 90, verdadeiros  hinos triunfais do amor místico e  entusiasmo religioso.  Segundo S. Bernardo, o fundamento da Mística é o conhecimento de Deus pelo amor que se lhe tem,  o desejo de a Ele se unir, purificar o coração pelo desprezo do mundo,  pela humildade e meditação,  pela imitação de Cristo e o completo abandono em Deus.   São Bernardo é o trovador do Amor eterno,  que se revelou em Belém e no Gólgota;  é o poeta incomparável de Nossa Senhora, o cantor das maravilhas do Nome de Jesus.
       Dos Santos Padres, não há quem alcance S. Bernardo na interpretação do divino amor, na beleza da forma retórica, na doçura e no encanto da expressão.  A Igreja honrou-o com  o título de Doutor melífluo.
       A Idade Média, tão nobre e profundamente religiosa que era,  não obstante, apresentava  graves defeitos, que não deixava de ser uma ameaça à estabilidade de  orientação cristã.  Havia a cisão no mais alto governo da Igreja, o cisma;   muito abuso do poder temporal dos príncipes em tratar seus súditos;   muita arbitrariedade e presunção no setor das ciências;  bastante corrupção de costumes, e o grande  perigo que vinha do Islão.
     Todos estes  maus espíritos, encontraram em Bernardo um adversário forte e inflexível.  Três viagens  fez o Santo à Itália, no interesse  de pacificação da igreja. Seu trabalho foi coroado de êxito. Levou os principais  cristãos  a reconhecer a legitimidade do Papa Inocêncio II e,   ao sucessor deste,  Eugênio III, prestou os mais relevantes serviços.
     O grande  prestígio moral que o Santo gozava, legitima de sobra a  atuação do reformador do espírito religioso entre o povo, da disciplina eclesiástica entre o clero, e dos costumes entre os grandes  da terra.
     A Roma  tinha chegado a  desoladora notícia da destruição da cidade de Edessa  pelos  turcos e, o Papa Eugênio III ordenara uma nova Cruzada contra os terríveis inimigos do nome cristão.  A Bernardo incumbira da pregação deste empreendimento militar. O piedoso monge, em obediência a  esta ordem,  percorreu a França, a Renânia e Sul da Alemanha. Por toda a  parte foi recebido  com entusiasmo e como que em triunfo.  A sua eloqüência arrebatadora, e mais ainda,  a  santidade do pregador e os  numerosos milagres que acompanhavam a sua atividade,  entre estes  curas maravilhosas e  ressurreições de mortos, fizeram com que a alma  do povo, jubilosamente  abraçasse a idéia de uma campanha cerrada contra o islamismo.  Luís VII, da França,  o rei Conrado e  seu sobrinho  Frederico de Hohenstaufen, tomaram a  cruz, e seu exemplo foi seguido por grande  número de príncipes e grandes  senhores. No entanto,  o resultado não correspondeu ao grandioso  empreendimento. Por causa de desinteligências que surgiram entre os chefes e  de traições dos Pulanos (descendentes dos cruzados, natos do Oriente), os exércitos reunidos foram dizimados pelos turcos nos desfiladeiros do Tauro, não podendo tomar nem a cidade de  Damasco, a qual já haviam sitiado. Para o nosso santo, este fracasso significou uma grande humilhação. Morreu o Papa Eugênio III, e Bernardo colheu de todo o seu trabalho as mais acerbas críticas e censuras, como se fosse ele o causador da desgraça da Cruzada por ele pregada.  Foi esta a paga que o mundo deu ao grande homem, ao maior gênio do século 12, ao incomparável guia do seu tempo.  Bernardo não se alterou em sua conduta espiritual e religiosa.  A Deus deu toda a honra, e de bom grado aceitou para si a  ingratidão e as maldições dos homens.
   Muito doente, saiu mais uma vez de seu querido Claivaux, no intuito de restabelecer a  paz entre a  cidade de Metz (Alsácia) e  alguns fidalgos da região. Não mais resistiu. Mais morto do que vivo, voltou ao mosteiro, onde a  20 de agosto de 1153, rodeado de seus filhos espirituais, e na presença de alguns bispos,  exalou sua belíssima alma.  O vale  silencioso de Clairvaux se transformou em um vale de lágrimas e de suspiros, que de inúmeros corações se desprenderam. O corpo do santo, teve seu último repouso na capela do mosteiro, aos pés do altar de Nossa Senhora, cujo delicioso trovador o santo de sua vida tinha sido. Bernardo faleceu com 63 anos de idade. Foi canonizado em 1165 por Alexandre III e, em 1830, por Pio VIII, Doutor da Igreja.


Abraço, galera.
Fiquem com Deus!!

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Espiritualidade - O que é? (Parte 1)

Olá, galera... Tudo na paz??
A partir de hoje, contamos com a honra de ter uma publicação semanal (toda terça-feira) em nosso blog, do nosso amigo Pe. Eduardo Lima.
Começaremos postando em 3 partes um trabalho sobre espiritualidade.
Aproveitem!!



ESPIRITUALIDADE – O QUE É ?

A humanidade na busca incessante de chegar ao encontro com Deus, passa por vários caminhos, e conseqüentemente por múltiplas experiências religiosas.

A ânsia na procura de algo para o encher “o vazio” da vida se torna cada vez mais arrochada e às vezes até audaciosa. A preocupação em se entender o que é espiritualidade se torna cada vez maior.

Espiritualidade vem de “Spiritus, spirare”, que significa sopro, espírito, isto é, aquele que dá vida. É a força que nos impulsiona para a ação que transforma a pessoa e desencadeia um processo novo em sua vida.

É a seiva que alimenta e dá fecundidade à vida cristã, à comunidade. É o dinamismo do Espírito Santo que anima e orienta para fazer “memória” e viver no seguimento de Jesus. “Ele lhes ensinará tudo e lhes recordará o que eu lhes disse” (Jo.14,27).

É o Espírito Santo quem leva ao conhecimento, à conversão e à adesão a Jesus Cristo e aos valores que realizou em sua vida.

A vida cristã pode ser comparada a uma árvore. Nas suas raízes estão a Bíblia e a experiência de vida, no passado e no presente. A terra, na qual está plantada a árvore, é a realidade de cada jovem, de cada cristão. O tronco e os galhos são as atitudes e os valores que o cristão vai assumindo na sua existência. As folhas são as orações, as celebrações, etc.

A árvore sobrevive e produz bons frutos quando tem seiva em abundância. Ninguém vê a seiva. Ela está no interior da árvore, sustentando-a e alimentando-a . Assim, a espiritualidade é como a seiva da vida cristã.

Não se cultiva a espiritualidade fora da existência, como ninguém planta ou cuida só da seiva da árvore. Mas todo mundo sabe que, se a árvore não tem água, vai secando e morre. A espiritualidade como a seiva, se mantém graças a ação de Deus na vida da gente, através da água do seu Espírito.

Ler e reler Jo. 15,1-17. Deixar Deus falar ao coração.

§ Existe semelhança entre a seiva e a oração ? Qual é esta semelhança ?

A espiritualidade assim como a planta, requer o cultivo constante. Eis alguns cultivos indispensáveis à espiritualidade:

§ Leitura e reflexão da Palavra de Deus

§ Vida comunitária – ninguém se santifica sozinho

§ Oração pessoal e comunitária

§ Testemunho de vida – o testemunho fala mais alto e convence mais

§ Os sacramentos, principalmente a Eucaristia.

Jesus é o modelo que fomos chamados a seguir. Ele demonstrou com profundidade que é preciso rezar sempre e nunca desanimar.

Pe. Eduardo Lima

Até a próxima semana com a parte 2 sobre espiritualidade ;)

Fiquem com Deus

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

50 ANOS DE DIOCESE

Neste domingo a Diocese de Jales completou 50 anos. Criada por decreto do Papa João 23 a doze de dezembro de 1959, foi solenemente instalada em 15 de agosto de 1960.

Este dia de hoje foi intensamente preparado por todo um Ano Jubilar, lançado na romaria do ano passado, e previsto para ser concluído na romaria deste domingo. A coincidência de cair de domingo, na festa da Assunção, confere à celebração o sabor especial de reviver a instalação da diocese, há 50 anos atrás, com as esperanças então suscitadas, confrontadas agora com a realidade, na alegre confirmação da ousadia de organizar uma diocese numa região que apenas estava delineando sua fisionomia.

Situando a história da diocese de Jales no cenário da expansão eclesiástica do Estado de São Paulo e do Brasil, constata-se com clareza uma evidência. A Diocese de Jales madrugou! Mal tinham se passado 18 anos do corte da primeira árvore para plantar em seu lugar o cruzeiro de fundação da cidade, Jales já era constituída em Diocese. Como catedral, ostentava uma pequena igreja que mais se parecia com uma capela rural. Mas quanto mais precárias eram as condições materiais, mais forte era a disposição do povo em corresponder à confiança nele depositada.

A Diocese de Jales foi criada apostando no futuro. Os 50 anos que hoje se concluem servem de testemunho de quanto foi acertada a aposta, e de como ela continua válida. Ao longo destes 50 anos, a Diocese forjou sua identidade, dentro da incumbência confiada a cada Igreja Particular, de assumir as peculiaridades de uma determinada comunidade humana, para conferir-lhe feições eclesiais próprias, atendendo à dupla tarefa de cultivar, ao mesmo tempo, a unidade católica de comunhão com as demais dioceses, e a diversidade que deriva do compromisso com as diferenças locais que precisam ser respeitadas e valorizadas como oportunidades de vivências novas do Evangelho de Cristo. Nos seus 50 anos, a diocese de Jales pode ter a certeza de se reconhecer como autêntica Igreja Particular, encarnada na realidade que lhe foi confiada, contando com a ação da providência de Deus que lhe abriu o caminho e a sustentou ao longo do seu percurso.

A região abrangida pelos 46 municípios que compõem o seu território é de história muito recente. Mas como Diocese, Jales precedeu a mais da metade das circunscrições eclesiais do Estado de São Paulo, e também do Brasil. Como exemplo próximo, basta conferir as datas de Jales com Araçatuba, cidade bem maior, mas constituída em diocese só há 15 anos. E assim daria para citar tantos outros exemplos de cidades bem maiores, mas há bem menos tempo constituídas em dioceses, como São José dos Campos, por exemplo, que ainda não chegou a 30 anos de diocese.

O jubileu de ouro é boa oportunidade para perceber a linha de continuidade, que possibilitou a lenta mas persistente consolidação de uma prática pastoral, que caracteriza a diocese de Jales, e lhe confere fisionomia própria. Entre os aspectos desta continuidade, dá para ressaltar o apoio às comunidades eclesiais, identificadas no início como "comunidades de culto". Outro aspecto, igualmente importante, foi a valorização dos leigos, que passaram a se identificar com a caminhada da Igreja.

Aos 50 anos, a Diocese atinge maturidade. Ela se expressa na sua prática pastoral, balizada pelo plano diocesano de pastoral. Mas a prova mais consistente desta maturidade pode ser identificada no número de padres. Formar um verdadeiro "presbitério diocesano" sempre é meta de qualquer diocese, e depois das dificuldades iniciais, a Diocese de Jales dispõe hoje de um presbitério que já ultrapassa três dezenas de padres incardinados e atuantes em suas comunidades.

Este dia 15 de agosto vem coroar o elenco de datas memoráveis na história da Diocese. A começar pelo primeiro, em 1960, com sua instalação. Em 1975 neste dia era inaugurada a catedral. Em 15 de agosto de 1982 tomava posse o terceiro bispo. Em 1985 era celebrado o jubileu de prata. E neste ano de 2010, a Diocese chega aos 50, agradece a Deus a caminhada feita, e olha confiante o futuro, na certeza de que não lhe faltará a graça que a acompanhou até aqui.

FONTE : Dom Demétrio Valentini

http://www.diocesedejales.org.br/palavradobispo/palavradobispo_detalhes.asp?id=1250

Assunção de Nossa Senhora

Assunção de Nossa Senhora

Ontem, solenemente, celebramos o fato ocorrido na vida de Maria de Nazaré, proclamado como dogma de fé, ou seja, uma verdade doutrinal, pois tem tudo a ver com o mistério da nossa salvação. Assim definiu pelo Papa Pio XII em 1950 através da Constituição Apostólica Munificentissimus Deus: "A Imaculada Mãe de Deus, a sempre Virgem Maria, terminado o curso da vida terrestre foi assunta em corpo e alma à glória celestial."

Antes, esta celebração, tanto para a Igreja do Oriente como para o Ocidente, chamava-se "Dormição", porque foi sonho de amor. Até que se chegou ao de "Assunção de Nossa Senhora ao Céu", isto significa que o Senhor reconheceu e recompensou com antecipada glorificação todos os méritos da Mãe, principalmente alcançados em meio às aceitações e oferecimentos das dores.

Maria contava com 50 anos quando Jesus subiu ao Céu. Tinha sofrido muito: as dúvidas do seu esposo, o abandono e pobreza de Belém, o desterro do Egito, a perda prematura do Filho, a separação no princípio do ministério público de Jesus, o ódio e perseguição das autoridades, a Paixão, o Calvário, a morte do Filho e, embora tanto sofrimento, São Bernardo e São Francisco de Sales é quem nos aponta o amor pelo Filho que havia partido como motivo de sua morte.

É probabilíssima, e hoje bastante comum, a crença de a Santíssima Virgem ter morrido antes que se realizasse a dispersão dos Apóstolos e a perseguição de Herodes Agripa, no ano 42 ou 44. Teria então uns 60 anos de idade. A tradição antiga, tanto escrita como arqueológica, localiza a sua morte no Monte Sião, na mesma casa em que seu Filho celebrara os mistérios da Eucaristia e, em seguida, tinha descido o Espírito Santo sobre os Apóstolos.

Esta a fé universal na Igreja desde tempos remotíssimos. A Virgem Maria ressuscitou, como Jesus, pois sua alma imortal uniu-se ao corpo antes da corrupção tocar naquela carne virginal, que nunca tinha experimentado o pecado. Ressuscitou, mas não ficou na terra e sim imediatamente foi levantada ou tomada pelos anjos e colocada no palácio real da glória. Não subiu ao Céu, como fez Jesus, com a sua própria virtude e poder, mas foi erguida por graça e privilégio, que Deus lhe concedeu como a Virgem antes do parto, no parto e depois do parto, como a Mãe de Deus.

Nossa Senhora da Assunção, rogai por nós!

Fonte: http://www.cancaonova.com/portal/canais/santodia/index.php?mes=08&dia=15

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Vigília

Olá pessoal, tudo bem??
Só para lembrar, teremos vigília hoje, às 22:00 horas na capela, em intercessão ao ERUCC.
Contamos com a presença de todos!!
Fiquem com Deus!!

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Dia do Estudante

No dia 11 de agosto de 1827, D. Pedro I instituiu no Brasil os dois primeiros cursos de ciências jurídicas e sociais do país: um em São Paulo e o outro em Olinda, este último mais tarde transferido para Recife. Até então, todos os interessados em entender melhor o universo das leis tinham de ir a Coimbra, em Portugal, que abrigava a faculdade mais próxima.

Na capital paulista, o curso acabou sendo acolhido pelo Convento São Francisco, um edifício de taipa construído por volta do século XVII. As primeiras turmas formadas continham apenas 40 alunos. De lá para cá, nove Presidentes da República e outros inúmeros escritores, poetas e artistas já passaram pela escola do Largo São Francisco, incorporada à USP em 1934.

Cem anos após sua criação dos cursos de direito, Celso Gand Ley propôs que a data fosse escolhida para homenagear todos os estudantes. Foi assim que nasceu o Dia do Estudante, em 1927.

Oração do estudante

Senhor, eu sou estudante, e por sinal, inteligente.
Prova isto o fato de eu estar aqui, conversando com você.
Obrigado pelo dom da inteligência e pela possibilidade de estudar.
Mas, como você sabe, Cristo, a vida de estudante nem sempre é fácil.
A rotina cansa e o aprender exige uma série de renúncias: o meu cinema, o meu jogo preferido, os meus passeios, e também alguns programas de TV .
Eu sei que preparo hoje o meu amanhã.
Por isso lhe peço, Senhor, ajuda-me a ser bom estudante.
Dê-me coragem e entusiasmo para recomeçar a cada dia.
Abençoe a mim, a minha turma e os meus professores. Amém.

Fonte: http://www.velhosamigos.com.br/DatasEspeciais/diaestudante.html

Essa é uma homenagem do GOU a todos os estudantes.

Fiquem com Deus!!

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Encontro Setorial de Jovens

Convidamos a todos para participarem, no dia 22/08/10, do Encontro de Jovens, que será realizado em Pereira Barreto, com os grupos de jovens do setor Ilha/Pereira.
As incrições podem ser feitas na secretaria paroquial, ou após o GOU, na quarta-feira.
Qualquer dúvida, deixem como comentário, ou liguem 3742 3066.






Contamos com a presença de todos!!

Fiquem com Deus!!