Martírio do profeta
D. Demétrio Valentini
29/08/2011
Neste dia 29 de agosto a Igreja recorda, com respeito, o martírio de São João Batista, o precursor de Jesus.
Como o Evangelho relata, João Batista não teve medo de enfrentar o Rei Herodes, e apontar-lhe, com clareza, os desvios éticos que estava cometendo. Como Herodes tivesse roubado a mulher do próprio irmão, João Batista foi incisivo, e o advertiu, dizendo: “não te é lícito possuir a mulher do teu irmão”.
Com isto, suscitou a ira de Herodíades, a mulher que estava em causa. Usando de sua astúcia, e dando vazão à sua malícia, aproveitou a festa de aniversário de sua filha para conseguir seu intento de eliminar o incômodo profeta.
No entusiasmo próprio dos bêbados, e na falta de escrúpulo dos depravados, Herodes prometeu dar tudo o que a moça lhe pedisse. Instigada pela mãe, pediu a cabeça de João Batista.
De modo que o austero profeta do deserto, acabou perdendo a vida num festim de alienados, onde corria solta a bebida e a depravação dos costumes.
O martírio de João Batista traz advertências muito atuais. A falta de ética precisa ser denunciada com a coragem dos profetas, mesmo que isto nos exponha à represália dos corruptos. Esta denúncia será tanto mais eficaz, quanto mais for assumida de maneira coletiva, com o amparo de uma ordem social inspirada em valores de dignidade pessoal e de respeito pela vida humana.
Não basta celebrar, festivamente, o nascimento de João Batista no dia 24 de junho. É preciso resgatar também a memória do seu martírio, que nos mostra a urgência constante de combater a depravação moral e a corrupção dos costumes.
Que o exemplo de São João Batista nos anime a enfrentar sem medo nossa missão de profetas.
Fonte: http://www.diocesedejales.org.br/portal/content.php?catid=26¬id=1088
Fonte: http://www.diocesedejales.org.br/portal/content.php?catid=26¬id=1088
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