quarta-feira, 3 de novembro de 2010

CARDEAL BAGNASCO: MUNDO AINDA PRECISA DE SANTIDADE

   Cidade do Vaticano, 03 nov (RV) - "A santidade é deixar emergir em nós a beleza de Jesus", "dada no Batismo", "confiada à nossa liberdade", "feita de gestos, palavras e sentimentos". Foi o que destacou o Arcebispo de Gênova e Presidente da Conferência Episcopal Italiana, Cardeal Angelo Bagnasco, na homilia feita nesta segunda-feira, na Catedral de São Lourenço, por ocasião da celebração da missa de Todos os Santos, cuja solenidade a Igreja no Brasil celebrará no próximo domingo.
   "A santidade é um dom, uma graça a ser pedida humildemente – ressaltou o purpurado – mas também uma responsabilidade que exige um trabalho sério e cotidiano, renúncias e escolhas até mesmo dolorosas, exige amor e obediência, sobretudo, quando não se entende aonde o bom Deus nos conduz."
   O Cardeal Bagnasco explicou que "o mundo de hoje ainda precisa de santidade porque se encontra envelhecido, não se quer bem e perdeu a bússola". "Não falo do povo em seu conjunto, das pessoas que vivem com dignidade e compromisso os deveres cotidianos, que vivem a fé e o amor à Igreja sem fazer barulho – acrescentou o Arcebispo – "mas daquele modo de pensar que todos os dias aumenta a voz para fazer-se ouvir e, mais ainda, para impor seus pontos de vista.
   Aquele modo que, arrogante – continuou – de modo alterado ou tácito, pretende condicionar as mentes e fazer que se acredite que aquele modo de pensar e de viver já é de todos.
   De fato, a santidade "vai contracorrente, fala fora do coro, é julgamento e chamado à salvação". Nesse sentido, os santos – frisou – "são a prova de que é possível um mundo diferente, não importa se o mundo em que vivemos é um mundo distraído e superficial, se vai atrás de ilusões e mentiras", porque "Jesus ensina que a semente deve ser lançada" e que "Deus está sempre à obra com os seus tempos".
   Respondendo à pergunta que hoje se faz, "se o mundo ainda se interessa pelos santos", o Presidente dos bispos italianos respondeu: "não podemos dizer que os santos fazem notícia, mas certamente fazem bem a quem os conhece".
   "O bom exemplo é sempre atraente, exerce sempre um fascínio benéfico, é sentido como um chamado contagioso, confirma uma secreta saudade do Céu, nos diz que é possível viver de modo límpido mesmo em meio a pântanos de todo tipo."
   "Quanto mais os critérios e os costumes de uma cultura se embrutecem – observou o Cardeal – mais o espírito reage, sonha, e busca modos diferentes de pensar e de viver, modos luminosos e altos que expressam a verdadeira humanidade do homem. Eis o motivo pelo qual os santos jamais ficarão fora de moda: alguns poderão zombar deles crendo-se emancipados e modernos, sem se dar conta de se encontrarem, ao invés, distantes da realidade, mas os santos permanecerão sempre atuais."
   Por fim, um encorajamento a todos os fiéis a "não se deixarem impressionar se, por vezes, parece que o mal sufoque o bem: o Senhor Jesus nos assegura que a luz vence sempre" e nos exorta a "caminharmos na santidade certos da sua graça e a ajudar-nos reciprocamente, a sustentar-nos com a palavra, a oração e o exemplo". (RL)

 
Fonte: http://www.oecumene.radiovaticana.org/bra/Articolo.asp?c=436195
 
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